Titular da zaga do Inter, Alan Costa sonha em disputar a Libertadores

Neste domingo, o Inter dará início à trilogia Missão Libertadores. O primeiro episódio é chamado de O Goiás. Ainda virão Atlético-MG e Palmeiras. Os colorados contam com nove pontos nessas partidas no Beira-Rio, o que proporcionará uma chance real de jogar a Libertadores a partir de janeiro de 2015.

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Além do clube, da torcida e do pesado investimento que a competição sul-americana representa, há outras coisas em jogo. Para muitos atletas, estar no torneio de 2015 representará a realização de um sonho de guri. Nilmar, por mais experiente que seja, jamais esteva na Libertadores com o clube do coração. Atuou apenas uma, justamente a de 2006 (vencida pelo Inter), mas pelo Corinthians. Alisson, Bertotto, Ernando e Alan Costa jamais estiveram lá. E será em busca desta realização que os jogadores irão a campo tentar a primeira das três vitórias essenciais para obter a vaga.

— Não sonho com Europa no momento. Sonho ser titular do Inter na Libertadores. Só penso vencer o Goiás — conta o zagueiro Alan Costa.

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Aos 24 anos, ele entrou na defesa quase ao mesmo tempo do goleiro Alisson, em um momento de fragilidade do Inter no Brasileirão e diante da pior sequência de jogos da temporada: Flamengo, Bahia, Santos, Grêmio e São Paulo. Uma série de quatro partidas fora de casa, aliviada apenas no jogo contra os soteropolitanos, no Beira-Rio. Assim como Alisson, sobreviveu apesar das derrotas e se tornou uma das revelações do time no ano, ao lado do jovem goleiro e do atacante Eduardo Sasha (fora do restante do ano, por lesão no começo de outubro). Em comum, todos entraram na equipe como as derradeiras opções para as funções.

— É claro que sempre dá um friozinho na barriga em jogos grandes. Mas a passagem pelo time sub-23 me deu muita base. Lá se joga contra adversários muito duros. E essa base te deixa pronto para jogar essas finais de Copa do Mundo que teremos pela frente — diz Alan.

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O zagueiro chegou ao Inter vindo da Ferroviária (SP), indicado pelo então treinador colorado Dorival Júnior. Antes, havia atuado por Palmeiras e São Bento. Assinou com o Inter até dezembro de 2016. Inicialmente, recebeu a camisa 36. Em janeiro, porém, ganhou a 26. Sonhava com a número 3. Mas se deu conta que a 26 pertence a um de seus ídolos: John Terry.

— Terry (zagueiro e capitão do Chelsea e da seleção inglesa) e Paolo Maldini (ex-capitão do Milan e da seleção italiana, por sinal, nascido no dia 26) são meus ídolos. Como o Terry veste a 26, passei a gostar do número. E me deu sorte — afirma o zagueiro. — Sempre antes dos jogos assisto a lances deles. É uma inspiração ver esses caras jogando e uma aula de posicionamento e atitude em campo — acrescenta.

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Com 1m94cm, Alan só não é o mais alto do time porque há Dida com o seu 1m96cm. Nesse domingo, terá de marcar o arisco atacante Erik, destaque do Goiás, e 24 centímetros mais baixo do que ele.

— Gosto de marcar centroavantes, caras do meu tamanho. Os baixinhos sempre dão trabalho, é preciso maior atenção contra eles, para evitar que escapem na agilidade. Já enfrentei o Erik nos tempos de Inter B, é um jogador perigoso. No Brasileirão, cada jogo é uma pedreira. Em casa, porém, temos de nos impor — avisa o camisa 26.

Alan Costa chama o veterano Índio de "paizão" e de "vovozão". O zagueiro de quase 40 anos é o grande amigo e incentivador do novato. Foi ele quem deu forças a Alan após o Gre-Nal da Arena.

— Foi a minha estreia no clássico. Em meio ao jogo, senti raiva, tristeza... Dá vontade de chorar, odeio perder. E perder do jeito que foi te deixa p... Estou louco por outro Gre-Nal. Mas o Brasileirão é bom porque não dá tempo de chorar. Tem jogo a cada três dias, fomos bem em São Paulo e agora temos essa decisão com o Goiás. A Libertadores será nosso troféu — conclui o novo zagueiro do Inter.

Alan, Alan e... Pirulito

Alans e Wellingtons surgem à mancheia no Beira-Rio. Alan Patrick, Alan Ruschel e Alan Costa. No time de Wellingtons, há o Martins, o Paulista e o Silva. Mas, segundo Alan Costa, há apenas dois Alans no Inter. Ele mesmo explica:

— Quando cheguei, três anos atrás, o Fabrício de cara me apelidou de Pirulito. Também me chamam de Luisão, pela semelhança física com o zagueiro do Benfica. Ou seja: há dois Alans no Beira-Rio, o Patrick e o Ruschel. Porque eu sou chamado apenas de Pirulito ou Luisão.
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