Herói da vitória, Fabrício vai do inferno à glória com lema: "Nunca desisto"

Jogadores do INter comemoram vitória sobre o Atlético-MG (Foto: Diego Guichard)

Desistir jamais. Por mais que possa parecer presunçoso, esse é o lema do lateral-esquerdo Fabrício. Foi carregado pelo jogador até os 49 minutos do segundo tempo contra o Atlético-MG, quando fez o gol da vitória. Situação que alterou os ânimos e perspectivas do time para a classificação para a Libertadores. A equipe subiu para a terceira colocação, com 63 pontos, antes do complemento da rodada.

Contra o Galo, Fabrício viveu intensamente todos minutos da partida. Conheceu o inferno ao cometer pênalti que resultou no gol do empate em 1 a 1 - Rafael Moura havia aberto o placar para o Inter mais cedo. Mas também encontrou a glória quando balançou as redes, no apagar das luzes. Renascia ali o Inter em busca do G-4 e o lateral pelas pazes com a torcida.

– Eu nunca desisto. Passei o jogo inteiro com o pênalti na cabeça. Não tem coisa melhor do que ter feito gol no Beira-Rio. Quando você erra fica sem dormir, pensando no que falhou. Hoje (sábado), o menino (Eduardo) ia fazer um gol e tive de cometer o pênalti. Eu acreditei até o final, até o último minuto, chutei a bola de direita e não sabia nem para onde correr – comentou Fabrício, na zona mista do estádio, após a partida, abraçado pela filha.

A partida mexeu com os sentimentos de Fabrício, como já havia acontecido contra o São Paulo – quando foi expulso e chorou no vestiário. Na verdade, um filme passou pela cabeça do lateral, desde as dificuldades na carreira até a ascensão no Inter.

– Desde quando nasci sou iluminado por Deus, sei das dificuldades para buscar o objetivo para estar jogando no Inter. Fiquei um bom tempo na reserva e, quando entrava, queria ganhar a vaga, mostrar alguma coisa. Independentemente de qualquer situação o Abel me passa confiança. Cheguei a chorar depois do jogo com o São Paulo porque não foi falta – relembrou.

Se vencer já era uma obrigação para manter o Inter vivo pela Libertadores, os jogadores ainda se sentiam no compromisso por outro motivo. Os atletas almejavam dar o triunfo de presente para os 38.006 presentes que tomaram o Beira-Rio para quebrar o recorde do público do estádio após as reformas.

– Nós não podíamos decepcionar em um estádio com 40 mil pessoas. Esses dias o Aránguiz me perguntou o motivo do Beira-Rio não lotar, estávamos em segundo lugar na tabela. Nem soube o que responder – completou.

Fabrício não é um jogador incontestável pelo torcedor. Muito pelo contrário, convive com críticas. Por outro lado, a importância do jogador é demonstrada facilmente nos números. Trata-se do atleta com mais partidas pelo Inter em 2014, com 52 participações. Além disso, ainda soma oito gols e nove assistências.

Como não poderia ser diferente, Fabrício foi o jogador mais procurado para dar entrevistas na saída de campo. Cruzou a zona mista ao lado da pequena Emily, filha que vestia a camisa 6. Certamente, o filme da partida se repetirá na cabeça do atleta por muitos outros dias. E, se depender da força de vontade do lateral, a vaga na Libertadores será conquistada. Afinal, o atleta não desiste nunca.
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