Alex, Nilmar e vontade de vencer: trunfos para Aguirre não repetir Fossati


O ano de 2015 começa no Beira-Rio com um discurso uníssono: Diego Aguirre vai dar certo no Brasil por ser um estrangeiro com conhecimento do futebol brasileiro. A vontade de vencer em um mercado historicamente hostil para técnicos gringos é um trunfo que anima os dirigentes. Outro ponto que empolga é o formato do vestiário, liderado por D'Alessandro, outro que precisou se adaptar.
Já Alex e Nilmar servirão de guias para a comissão técnica que vem do Uruguai. O meia encarou Aguirre no Qatar e se colocou à disposição para ciceronear o novo técnico. O atacante foi comandado pelo charrua no Al Rayyan e servirá, obviamente, como referência para os colegas na hora do convívio diário com os chefes.
"Joguei contra ele no Qatar, conheço ele pelo Nilmar, que disse que ele é um baita cara e uma pessoa sensacional, um ser humano espetacular mesmo. Vamos trabalhar para receber ele bem, dar suporte para ele e a sua comissão para que ele se sinta à vontade e acelere o processo de conhecimento do grupo. Não é uma coisa só do campo", disse Alex.
Aguirre jogou no Inter na década de 1980 e isto facilitou a aproximação dos dirigentes, em meados de dezembro – após uma série de negativas de técnicos brasileiros. A passagem pelo Beira-Rio também é vista como importante para superar um choque de realidade.
"Ele conhece o jeito que o clube funciona, conhece a torcida. Conhece a cidade. Fala português. Tudo isso mostra como ele é diferente de outros estrangeiros que estiveram pelo país recentemente. Estamos empolgados com as possibilidades", afirmou Marcos Marino, diretor de futebol do Internacional.
A comparação com Jorge Fossati é quase que natural. Uruguaio como Diego Aguirre, o técnico ficou apenas cinco meses no Inter e caiu após uma derrota de virada para o Vasco, no Rio de Janeiro. Os treinos tardios, o esquema tática oscilante entre o 3-5-2 e o 4-4-2 e a dificuldade de relação com o elenco pesaram mesmo com uma vaga na semifinal da Libertadores.
Para a cúpula vermelha, Aguirre é totalmente diferente de Fossati. Por ainda ser jovem, precisar se afirmar no mercado e ter uma grande chance em Porto Alegre. A filosofia de jogo também é distinta do patrício que só eliminou o Estudiantes-ARG com um gol aos 40 minutos do segundo tempo, nas quartas de final da Libertadores.
"Ele vem para superar esse histórico, vem com muita vontade de vencer. De dar certo no Brasil e isto é muito importante", comentou Luiz Fernando Costa, vice-presidente de futebol e homem que foi até Montevidéu – ao lado de Vitório Piffero, fechar com o técnico.
Diego Aguirre é aguardado em Porto Alegre em 5 de janeiro, três dias antes da reapresentação do elenco. A vinda dele será vital para definições finais da temporada. Como a composição total da comissão técnica – ainda sem um preparador de goleiros e com vagas para auxiliares.
Na lista de reforços aparecem quatro posições: zagueiro, lateral direito, volante e centroavante. Três destes alvos estão em negociações, após o clube definir um orçamento 'provisório' para a arrancada de 2015.
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