Em coletiva de despedida, Índio explica aposentadoria: "Não me imagino vestindo outra camisa"


Foram 20 anos de carreira, 10 deles vestindo a camisa vermelha do Inter. Aos 39 anos, Marcos Antônio de Lima, o Índio, falou nesta segunda-feira pela última vez como jogador de futebol. O zagueiro, campeão do mundo e bicampeão da América pelo clube, agradeceu o Inter pelo período vivido no Beira-Rio. E, pelo que disse o presidente Giovanni Luigi, não deve demorar a voltar ao estádio.

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Luigi falou logo após a coletiva do agora ex-zagueiro e deixou o mistério no ar. 

— Não tem como eu saber, mas tenho certeza que o Índio estará no Beira-Rio em 2015. Vamos ver — disse o dirigente.

O mandatário colorado acompanhou a coletiva do lado de Índio, que também teve a companhia do vice de futebol Marcelo Medeiros. Emocionado, o ex-jogador recebeu uma placa, um relógio, uma camisa com o número 33 — referente aos gols que marcou pelo clube — e um convite para acompanhar a inauguração da estátua em homenagem a Fernandão.

Depois, foi a vez de lembrar de tudo que viveu nos 391 jogos defendendo o Inter. E, para Índio, não havia como seguir a carreira a não ser vestindo a camisa 3 colorada.

— Essa despedida é um momento de muita alegria, muito orgulho e satisfação. Encerro a carreira com vitalidade. Tive outras propostas para 2015, mas não seria justo com os outros clubes. Uma coisa que sempre me levou às conquistas foi meu foco, e essa vontade morreu. Não me imagino vestindo outra camisa.

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Índio destacou o fato de ter chegado ao Inter em 2005, o que o fez viver os principais títulos da história recente do clube, sempre como protagonista. — Tudo na vida tem um diferencial. Cheguei numa época em que cresci com todos, e o clube teve uma ascenção. Sempre fui comprometido — comemorou.

O ex-zagueiro falou também sobre a sua relação com o clube. Mesmo com outras propostas, Índio disse que sempre teve o desejo de permanecer no Inter.

— Como colorado, aprendi a amar este clube, e vou levar ele comigo pro resto da vida. O maior combustível de tudo foi o torcedor. A torcida sempre esteve do meu lado, nos bons e nos maus momentos. Eu tive propostas de outros clubes, não vou negar. Mas criei uma identificação muito grande, e tive o desejo de ficar. Amei muito este clube. Meu desejo era chegar neste momento — disse, emocionado.

O zagueiro mal conseguiu conter as lágrimas ao lembrar da sua vida, quando perguntado do que vai sentir mais falta agora que não é mais jogador profissional.

— Aprendi muito neste Estado. Aprendi a ser guerreiro. Sempre recebi muito amor de todos, as pessoas sempre procuraram passar pra mim isso, dentro e fora do trabalho. Isso é o que eu levo. Vou sentir falta deste amor da torcida colorada.

Depois, brincando, Índio disse que ainda não sabe o que vai fazer no futuro.

— A partir de janeiro eu estou desempregado, né. Mas agora vou descansar. Depois vou estar do outro lado, torcendo. Nosso time é forte e preparado. Quem sabe não vem o tri.

Por fim, o ex-jogador declarou que só fez sucesso por sempre ter sido simples na sua vida. 

— Sempre fui coadjuvante e sempre apoiei os companheiros. Fico muito feliz quando alguém sobe, quando alguém tem sucesso, porque o meu sucesso depende dos outros. Vivi na simplicidade que tive a vida toda — concluiu.

O vice de futebol Marcelo Medeiros confirmou que Índio será embaixador do clube a partir de agora, e que ele terá uma partida de despedida no Beira-Rio, ainda sem data conhecida.
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